quarta-feira, outubro 26, 2005



Number 31, 1950 - Jackson Pollock, Wyoming, 1912/1956
Há qualquer coisa de semelhante entre um quadro de Pollock, uma constelação, o interior do cérebro, o intrincado jogo das células, o genoma, os movimentos sísmicos e a forma como sentimos ao entrar numa noite escura. Um desenho infantil, a expressão da loucura ou mesmo por simetria aquilo que são as possibilidades aleatórias do acaso cabem aqui. Pode-se passear na tela, do princípio ao fim ainda vão uns 7 passos, e para ser completamente abarcado pela visão é preciso distanciar -nos para aí uns 10 m ou mais. Metáfora de que só se vê realmente quando respeitamos as distâncias ? Que ver de muito perto atrapalha a visão do conjunto? Nunca o vi . Não tenho o prazer de o conhecer, só assim em diferido, mas sei que existe e está lá à minha espera.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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9:48 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger Alberto Oliveira said...

Este também não vi. Mas já vi outros Pollock´s no Modern Art em New York.

...aquilo que são as possibilidades aleatórias do acaso... não me importava eu, absolutamente nada de as produzir...

Tens razão: "aqui" a distanciação é essencial; toda e qualquer distanciação...

10:21 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger SalsolaKali said...

A distância será maior ou menor dependendo daquilo que quisermos "ver". Esse sistema aleatório que expressa as várias possibilidades do acaso repete-se ao nível estrutural, molecular, e assim sendo, só entrando dentro do quadro, da textura, da cor, da tinta, conseguiremos “ver”...
perceber a estrutura dos materiais e chegar ao átomo... de facto, uma questão de perspectiva, daquilo que se pretende "ver"...

12:58 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger  said...

Gosto muito de Pollock. Também sinto muitas vezes que "está" lá à minha espera:)

10:37 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

legivel: bom, bom era ser capaz de prever o acaso...ainda não vi nenhum "ao vivo" com pena minha...

salso:Claro, a distanciação depende do que queremos ver, se quisermos abarcar o quadro todo temos que nos distanciar verdadeiramente, mas se nos fixarmos num pormenor,podemos encostar o nariz, no entanto parece-me que este quadro, pela sua dimensão pede mesmo distância e não proximidade.

Pé:Ora bem!

8:53 da manhã <$BlogCommentDelete>

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