No chão
Roberto Rossellini, Roma città aperta, 1945
Ela, saía a correr atrás do carro dos fascistas que lhe levavam o homem,o carro distanciava-se ela não parava de correr, eles dispararam, ela pelo chão, em Roma 1945, uma cidade sitiada, ela chamava-se Ana Magnani e ninguém esquece que nos filmes também se morre.Assim, à traição, um corpo por terra,um corpo que se larga,como se larga na guerra o lastro da revolta.
Ela, saía a correr atrás do carro dos fascistas que lhe levavam o homem,o carro distanciava-se ela não parava de correr, eles dispararam, ela pelo chão, em Roma 1945, uma cidade sitiada, ela chamava-se Ana Magnani e ninguém esquece que nos filmes também se morre.Assim, à traição, um corpo por terra,um corpo que se larga,como se larga na guerra o lastro da revolta.
posted by manhã at 4:15 da tarde
9 Comments:
Manhã, muito obrigada por teres posto o Pé Esquerdo nos links =) o pé sente-se lisongeado, faríamos o mesmo, caso eu soubesse...
Pé, a propósito não foi o esquerdo mas o direito, soubesse? soubesse o quê?
Olá manhã...
Explica-me lá esta história "ninguém esquece que nos filmes também se morre. Assim, à traição...".
Desculpa-me a ignorância, mas a frase é ficção ou realidade?
Confesso que procurei (só um pouquinho) “investigar”, mas deu em quase nada…
(...)
(…a minha curiosidade inata…)
BJ GR
SK
não percebi...o direito?
se eu soubesse no blog por os links...
Olá Salso! Boas! Bom esta fotografia é de um filme. A cena é a de uma mulher a quem os fascistas vêm buscar a casa e levam numa carrinha, ela vem da rua assiste à cena e desata a correr atrás gritando, os fascistas disparam e ela cai por terra é tão pungente a cena, tão revoltante, a fragilidade dela, a crueldade deles,a frieza com que a matam, que é das mortes mais reais, mais ultrajantes que vi em cinema, logo a frase, também porque Rossellini abandona Magnanni à sua sorte depois deste filme e começa a filmar com a Ingrid Bergmam, daí a morte da personagem e também um pouco da actriz que fez muito poucos filmes depois e nenhum com a dimensão deste. Aí está a explicação, espero que sirva...
vêm buscar o marido, companheiro, falta isso no comentário...
Pé, direito porque já que o teu nome é pé,pode ser o direito não? Pôr links é assim: Fixas ou escreves o endereço do blog, aquele que aparece lá em cima na caixa, http etc. Depois abres o template do teu blog e na parte do fim que diz links, colocas lá o endereço, e está feito, republicas e pronto.
Deve ser por isso que não encontrei muita coisa sobre ela.
Quanto às histórias, também as conheço, as reais, moram bem aqui ao lado. Claro que portuguesas, de há mais de trinta anos atrás… e o que mais me revolta é que muitos desses que infligiam torturas andam por aí, impunes e de cabeça erguida, como se nada se passasse e não fosse nada com eles.
BJ GR
SK
Salso, não encontráste coisas sobre a Magnanni? Mas ela é muito conhecida, uma espécie de monumento para os que gostam do cinema europeu. Era uma actriz fabulosa!
Eu não vivi o fascismo, apenas por livros e documentários, é como se fosse uma história indirecta, não a vivi na primeira pessoa mas claro que me coloco pela liberdade, sempre, seja em que situação.
Enviar um comentário
<< Home