às vezes
Às vezes é preciso abandonar estas coisas
a si mesmas,os papéis, as figuras,as palavras
as coisas que havemos de esquecer.
Às vezes é preciso entregar os nomes ,assim
para não envenenar as coisas sem nome
e caminhar com os pés , as mãos os olhos e a boca
soletrar
inventar uma praceta de pó
um olhar de lince
uma barra de fome
ou nada enfim um cerco
uma linha que passamos sobre os ombros
a delinear os teus ombros e a avançar
como um barco mergulhando no fundo
começar
abandonar estas coisas
a si mesmas
mas nunca te abandonar
a si mesmas,os papéis, as figuras,as palavras
as coisas que havemos de esquecer.
Às vezes é preciso entregar os nomes ,assim
para não envenenar as coisas sem nome
e caminhar com os pés , as mãos os olhos e a boca
soletrar
inventar uma praceta de pó
um olhar de lince
uma barra de fome
ou nada enfim um cerco
uma linha que passamos sobre os ombros
a delinear os teus ombros e a avançar
como um barco mergulhando no fundo
começar
abandonar estas coisas
a si mesmas
mas nunca te abandonar
7 Comments:
... positivamente cercado de palavras poéticas, rendo-me.
Quando o pó da praceta inventada, levantar, espero que hajam mais dessas. Palavras.
olá legível, se estás assim cercado pois espera; o que sobram por aqui são palavras...toma mais umas quantas pra levantar o cerco!
E às vezes vale mais abandonar tudo, o cerco também, e iniciar algo de novo.
uma barra de fome? isso é como uma barrita de chocolate? :P
ou é uma barra de abstinência?
mo: é pá, contigo é tudo de comer?
toma lá uns drops...tens de desembrulhar e com cuidado que estão muito fescos!
às vezes venho aqui e não consigo tirar os olhos do que leio, e releio,e releio......
parabéns, sinceramente bonito.
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