domingo, fevereiro 10, 2008

mais ou menos

Pergunto que haverá de comum entre nós e os elementos, a água,o vento,a luz, a rocha. Respondo: o que há em comum não se vê, parece nada haver em comum.Deus, dirão,talvez. A onda vem e bate na rocha e a rocha está lá e deixa, se fosse alguém, não deixava.A vontade pesa-nos, antes não a ter. Mas é a vontade que nos move, no mar não há vontade, balança para cá e para lá mas nunca é igual, o nosso movimento, pelo contrário é desordenado e imprevisível não obedece a leis, resulta de uma interioridade. O que vale uma interioridade?A minha, a tua? Só vale quando amamos, quando amamos ela sente-se, a interioridade, no resto não, o nosso movimento as nossas palavras é o que fica, o que vale. O peso da vontade cumpre-se aí, na impossibilidade de darmos a ver,apenas pelos actos, o que somos, o que sentimos, o que queremos. Somos sempre mais ou menos do que aquilo que fazemos e nesse mais ou menos agigantamo-nos ou empalidecemos feitos sombras.

10 Comments:

Blogger Manuel Veiga said...

(... e quando a onda bate rocha já se sabe o que acontece! rss)

talvez apenas uma questão de palavras - mais que amor será a "simpatia" (quer dizer, atracção e retroacção) que nos "une" as pessoas e coisas!...

excelente, pois claro!

10:47 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Martini said...

A interioridade vale o que somos. Melhor quando sabemos ser para os outros. Talvez.

1:31 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger un dress said...

sim somos mais ou menos

no movimento reflexado

na projecção

no alcance da emoção do grito

na extensão do amor.............







.beijO

9:19 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger ~pi said...

perturbador...esse mundo latente

...desconhecido.

4:01 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Ana M. said...

Essa tua última frase é de nos deixar a reflectir.
Um pouco inquietante, também, quando analisamos algumas das nossas posições, neste mundo complicado.

Beijinho

6:09 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Mónica said...

ai credo não percebi nada

(em comum há que somos natureza)

2:59 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Ana M. said...

Volto cá para dizer que te deixei um pequeno desafio, lá no Ecos.

Beijinho

6:53 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

herético: água mole em pedra dura tanto bate até que fura!em vez de amor simpatia? ficamos a perder com a troca.mas quiça, talvez seja a solução oara alguns casos...

martini: concordo, vale o que somos e vale tudo, quando se trata de ser transparente é que é difícil sobretudo quando há contradições e há sempre contradições, antes não as houvesse!

un dress: no reflexo e na projecção, movimentos da interioridade, que a alimentam.Projectamos o que somos e o que os outros projectam em nós é também o que somos.Não há meio de deslindar.Beijo para ti.

~pi: sempre perturbador e desconhecido.

sininho: é que o facto dos outros reconhecerem para além dos gestos exteriores o que nos vai na alma é importante. Vou aceitar o desafio, sim senhor e obrigada.Bjos

mo: natureza somos e não somos. deixa estar, se não percebeste eu explico: na natureza há apenas exterioridade, na natureza humana não.Daí que o que somos não é o conjunto das coisas que fazemos mas mais ou menos que isso, somos para além disso, uma interioridade sempre inexplicável.É isso.

10:09 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Alberto Oliveira said...

... ó pá! tu andas a ver se me confundes!! As coisas que vais buscar... Garanto que li tudo (do "Pergunto", passando pela "interioridade" até às "sombras". É verdade que andei à volta do texto quase duas horas até lhe apanhar a substância (quem diz a verdade não merece castigo) e soube-me bem. Este post, tem o sabor -quase esquecido, daquela sopa de tomate com ovos que a minha mãe me fazia e eu adorava. É que por vezes (muitas vezes mesmo) esquecemo-nos de fazer uma pausa e de nos interrogarmos: o que é que nos faz gesticular, argumentar, chorar, odiar, sorrir ou amar? que vontade é essa? Volto uma vez mais à sopa da minha mãe e à construção do puzzle daquilo que sou eu. E não se fala mais no assunto que ainda me dá uma coisa má.

sorrisos em doses industriais.

2:18 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Mónica said...

obrigada :D

a interioridade é que nos f.... :D

11:33 da manhã <$BlogCommentDelete>

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