mais ou menos
Pergunto que haverá de comum entre nós e os elementos, a água,o vento,a luz, a rocha. Respondo: o que há em comum não se vê, parece nada haver em comum.Deus, dirão,talvez. A onda vem e bate na rocha e a rocha está lá e deixa, se fosse alguém, não deixava.A vontade pesa-nos, antes não a ter. Mas é a vontade que nos move, no mar não há vontade, balança para cá e para lá mas nunca é igual, o nosso movimento, pelo contrário é desordenado e imprevisível não obedece a leis, resulta de uma interioridade. O que vale uma interioridade?A minha, a tua? Só vale quando amamos, quando amamos ela sente-se, a interioridade, no resto não, o nosso movimento as nossas palavras é o que fica, o que vale. O peso da vontade cumpre-se aí, na impossibilidade de darmos a ver,apenas pelos actos, o que somos, o que sentimos, o que queremos. Somos sempre mais ou menos do que aquilo que fazemos e nesse mais ou menos agigantamo-nos ou empalidecemos feitos sombras.
10 Comments:
(... e quando a onda bate rocha já se sabe o que acontece! rss)
talvez apenas uma questão de palavras - mais que amor será a "simpatia" (quer dizer, atracção e retroacção) que nos "une" as pessoas e coisas!...
excelente, pois claro!
A interioridade vale o que somos. Melhor quando sabemos ser para os outros. Talvez.
sim somos mais ou menos
no movimento reflexado
na projecção
no alcance da emoção do grito
na extensão do amor.............
.beijO
perturbador...esse mundo latente
...desconhecido.
Essa tua última frase é de nos deixar a reflectir.
Um pouco inquietante, também, quando analisamos algumas das nossas posições, neste mundo complicado.
Beijinho
ai credo não percebi nada
(em comum há que somos natureza)
Volto cá para dizer que te deixei um pequeno desafio, lá no Ecos.
Beijinho
herético: água mole em pedra dura tanto bate até que fura!em vez de amor simpatia? ficamos a perder com a troca.mas quiça, talvez seja a solução oara alguns casos...
martini: concordo, vale o que somos e vale tudo, quando se trata de ser transparente é que é difícil sobretudo quando há contradições e há sempre contradições, antes não as houvesse!
un dress: no reflexo e na projecção, movimentos da interioridade, que a alimentam.Projectamos o que somos e o que os outros projectam em nós é também o que somos.Não há meio de deslindar.Beijo para ti.
~pi: sempre perturbador e desconhecido.
sininho: é que o facto dos outros reconhecerem para além dos gestos exteriores o que nos vai na alma é importante. Vou aceitar o desafio, sim senhor e obrigada.Bjos
mo: natureza somos e não somos. deixa estar, se não percebeste eu explico: na natureza há apenas exterioridade, na natureza humana não.Daí que o que somos não é o conjunto das coisas que fazemos mas mais ou menos que isso, somos para além disso, uma interioridade sempre inexplicável.É isso.
... ó pá! tu andas a ver se me confundes!! As coisas que vais buscar... Garanto que li tudo (do "Pergunto", passando pela "interioridade" até às "sombras". É verdade que andei à volta do texto quase duas horas até lhe apanhar a substância (quem diz a verdade não merece castigo) e soube-me bem. Este post, tem o sabor -quase esquecido, daquela sopa de tomate com ovos que a minha mãe me fazia e eu adorava. É que por vezes (muitas vezes mesmo) esquecemo-nos de fazer uma pausa e de nos interrogarmos: o que é que nos faz gesticular, argumentar, chorar, odiar, sorrir ou amar? que vontade é essa? Volto uma vez mais à sopa da minha mãe e à construção do puzzle daquilo que sou eu. E não se fala mais no assunto que ainda me dá uma coisa má.
sorrisos em doses industriais.
obrigada :D
a interioridade é que nos f.... :D
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