quinta-feira, setembro 22, 2005


Patricia Highsmith, 1921,Texas,1995 Suíça
" Não se sentia culpada a respeito daquela noite.Tratava-se de outra coisa.Invejava-o. Invejava a convicção que ele tinha de que haveria sempre um lugar, um lar, um emprego,outra pessoa para ele. Invejava-lhe essa atitude. Quase sentia ressentimento por ele a ter." O Preço do Sal
Trata-se de um gosto dos solitários, esse de invejar ,não por cobiça mas por lucidez.

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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7:55 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Alberto Oliveira said...

Não conheço assim tantos solitários assumidos e esses (os que conheço) são-no por opção e nunca me demonstraram ressentimento, cobiça ou inveja, por estilos de vida socialmente opostos.
É evidente que "a excepção à regra"* fabrica marcas comportamentais, apesar da lucidez da opção...mas, repito-me, nunca dei por elas e naturalmente deves ter argumentos para fazeres esse "desenho".

Da Patrícia, uma narradora excepcional de "comportamentos desviantes"?!** admiro-lho (sou mesmo fã!) uma das suas mais emblemáticas figuras: Tom Ripley; dos livros, não o da versão fílmica.

* Não sei como alguém se torna solitário por opção. Nunca experimentei.
** Ou minoritários?!

Bom fim de semana!!

10:29 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger SalsolaKali said...

Há muito tempo, seguramente há mais de seis ou sete anos que li "O Preço do Sal", uma edição muito manhosa das edições Europa-América, e foi a partir desse, que comecei a ler Patricia Highsmith. Lembro-me quando o comprei em São Pedro de Moel. Lembro-me do percurso todo que fiz até à praia onde o comecei a ler. Li-o de uma assentada e reli-o. Impressionou-me imenso.
… e agora que colocas aqui esta citação, surpreendo-me, porque na verdade eu só queria ser assim, e ter a convicção de que haverá sempre um lugar, um lar, um emprego, sempre uma pessoa para mim...
Será que esta cobiça faz de mim uma solitária…?!
BJ SK

11:03 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

Legível, trata-se, pelo menos era essa a intenção e, penso que é comum à da personagem, não de querer aquilo que os outros têm que é cobiça, mas de por lucidez, se verificar que devido à sua própria natureza, não poder ser como os outros são, invejar porque talvez para a personagem fosse mais fácil assim, daí ser uma marca dos solitários essa consciência de não ser como os outros são.Olha que nem sempre ser solitário é o resultado de uma opção, arrisco pensar o contrário, que,na generalidade poucos são solitários por vontade mas por circuntâncias ou por uma espécie de incompreensão das regras do mundo, ou de incompreensão do mundo para com as suas regras.


Salso,ser-se solitário é diferente de estar sozinho momentaneamente, embora muita solidão circunstancial possa motivar interiormente e perpetuar esse sentimento de solidão acabando por nos conformar interiormente ao que começou por ser apenas exterior.Mas cada um tem o seu percurso, possivelmente o facto de seres solitária tem a ver com o facto prosaico, e penso que tem memo que ver com isso, de não te sentires completamente confortável no modelo social que vives, será tarefa árdua encontrar o seu modelo, essa é a vantagem de ser solitário, a consciência aguda de uma certa diferença.

3:03 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger SalsolaKali said...

Então devo ser mesmo... circunstancial ou não, estando ou não estando confortável, embora consciente da diferença.
A verdade é que cobiço mesmo essa faculdade que alguns têm de se sentirem bem com a sua solidão, momentânea ou não, e sentir conforto e confiança apenas com a ideia de que há-de haver sempre uma saída luminosa, por mais sombrio que seja o horizonte...

A propósito, tens de me ajudar a completar o poema, pq na verdade não sei onde viste o final que eu não tenho.
BJ GR
SK

6:11 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

Salso, será optimismo? Temos formas diferentes de viver dores e alegrias. Prefiro pensar que poderemos ao longo da vida ir experimentando as duas e que nenhuma delas vem para ficar embora acredite que as relações são para ficar de uma ou outra maneira, ficarão sempre dentro de nós.Quando estamos sozinhos tudo se torna mais penoso e difícil mas temos de estar à altura das circunstâncias.
O teu poema está completo, o pé esquerdo é que colocou o final deste poema num quadro seu há algumas semanas atrás.

10:40 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger snowgaze said...

Comprei um livro dela mas ainda nao tive tempo de ler... :)

11:27 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

Snowgaze,há sempre um amontoado de livros que esperam pelo tempo. Obrigada pela visita!

5:55 da tarde <$BlogCommentDelete>

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