sábado, dezembro 17, 2005

Na Galiza, um conceito interessante.Um grupo de mulheres manifesta-se na rua contra a violência conjugal, a exploração da mão de obra feminina (Inditex,Zara e comp.), a homofobia.Acampam com cartazes, em atitudes graves e mudas.Ali estão.A encenação é cuidada, o impacto muito forte,a justeza da luta é inquestionável. Daqui.

8 Comments:

Blogger  said...

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6:48 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger SalsolaKali said...

Por vezes estas manifestações silenciosas têm maior impacto do que uma manifestação convencional e ruidosa, de palavras de ordem repetidas até à exaustão. Essas são mais “branqueadoras” da reflexão. Estas, fazem-nos pensar e re-pensar…
Interessante verificar que a encenação em si aponta para um cenário industrial de século XVIII/XIX: o silêncio, os lenços na cabeça, a posição curvada dos corpos, os rostos inexpressivos e alienados, a aludir à tristeza e precariedade, a exploração/produção massificada do trabalho… ou talvez mera sugestão.
Pena é que as autoridades tenham conhecimento destas situações (aliás, estão “carecas de saber”) e não sejam elas a tomar providências. Mas claro, outros valores imperam em prol da “saúde económica” de um país. Pouco falta para o “vale tudo”.
Boa tarde...
Beijo
SK

2:25 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger  said...

SK engraçado mencionares a forma como se expressavam/manifestavam as pessoas durante a revoluão industrial. Estudei isso em Movimentos Sociais, o E.P. Thompson fala nisso, é muito importante.
A Revolução Francesa obviamente é que trouxe novas formas de manifestação social, e observar as diferenças entre o "velho reportório" o e "novo reportório" é muito muito muito interessante!

2:50 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Alberto Oliveira said...

Nuestros hermanos(as) até neste campo nos passam as palhetas. Gostei da "encenação cuidada".
Também nas exigências sociais se deve tratar doaspecto. Minimizá-lo é perder audiência.

5:55 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Monalisa said...

Esta manifestação também me chocou bastante, não só pelo silêncio delas, mas pela realidade brutal da nova escravatura.

7:22 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Madame Pirulitos said...

Já o disse, noutro contexto: às vezes o silêncio vale mais do que mil altifalantes. De uma crueza que faz doer o peito, por se saber as causas que ainda assim não agitam os indiferentes.

12:16 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

salso: Esta é uma nova forma de manifestação, penso que iniciada com o Greenpeace e os movimentos ecológicos e como conceito, agora parece-me melhor, mais adequado. São manifestações pontuais "à porta" dos lugares onde acontecem os dramas invisíveis, chamadas de atenção a que ninguém pode ficar indiferente porque evocam o dramatismo e a dor silenciosa das vítimas e condenam e gritam na cara das pessoas a injustiça e bestialidade dos carrascos. para quando em Portugal? A ver vamos, nós só uns anos depois é que aprendemos...depois de muitas mortes físicas e psicológicas...

pé:Lembro também as manifestações silenciosas do tempo da depressão americana, homens desempregados empunhando cartazes...há uma espécie de impotência flagrante neste tipo de manifestações o que impressiona mais, as ditas pós revolução francesa que terminam nos dias de hoje ligadas a associações sindicais estão "apanhadas" pela "partidarização" da vida política e perderam o impacto na opinião pública.Bem visto.

legível: É isso, a encenação é crucial, como sempre apanhas o essencial.Nuestros hermanos sempre, em quase tudo, à nossa frente.

monalisa: Também me impressionou, continuam a impressionar estas escravaturas silenciosas.

macaso: Verdade, o facto de estar atento talvez possa ajudar, procurar organizações que sejam sensíveis a estas lutas.

6:01 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

guidite: Comentávamos em simultâneo!! É isso.Um grande grito silencioo.

6:04 da tarde <$BlogCommentDelete>

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