domingo, janeiro 28, 2007

livros

Gosto de livros. Muito. Os livros são fiéis, não nos desiludem nem nos traem ao virar da esquina com um qualquer desconhecido, não mudam de mãos sem o nosso consentimento e não estão ocupados ou confusos quando mais precisamos deles. Não! mantêm-se à nossa espera como coisas austeras que são e surpreendem-nos com momentos de pura e genuína felicidade (ai essa palavra tão, não sei, tão não sei, tão borboleta em campo verde, tão berlinde de cristal!) retiro a felicidade, escolho prazer. Os livros dão-nos momentos deliciosos, de prazer, e não só... mas sejamos realistas, o mais importante não está nos livros, o que realmente mexe connosco não está nos livros, o que constitui a nossa memória mais sólida, aquela que faz sermos quem somos, não se constitui com imagens ou histórias lidas mas com histórias vividas, por isso, adoro livros mas não me arrumo com eles na estante, sei que eles estão lá e a vida está noutro sítio e é preciso não misturar porque misturas só se for em cocktail , e mesmo assim...têm que ter arte, and so on.
(fotografia de uma exposição que está no átrio da Gulbenkian, museu de arte moderna, muitos dos volumes são de filósofos...ao que nós chegámos...livra! )

9 Comments:

Blogger SalsolaKali said...

Parece que sim. São-nos fiéis, dão-nos prazer, felicidade, não nos trocam por antigos amantes na primeira oportunidade, não fazem maus juízos de nós, não estão metade vazios ou a meio de ficarem cheios. São. Estão. Por vezes atormentam-nos, mas daí, nada que nos belisque bem no fundo da cervical.
Ao contrário de nós.
Tens razão. Acima de tudo eles estão na estante. Nós não.
Mas também, quem disse que ficaríamos na estante?
Conclusão: estante é para livros, a sala, a estrada, and so on, para os comuns mortais.

9:05 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

salsolakali:olha! Nevou, outra vez, e eu que não vi a neve! e não foi virtual, foi mesmo neve, pura, a cair do céu! O que quer dizer meio vazios ou a meio de ficarem cheios? Não é o mesmo?

9:44 da tarde <$BlogCommentDelete>
Anonymous Anónimo said...

Meio cheio, meio vazio. Objectivamente o mesmo.
Mas lendo em perspectiva, tendo em conta um certo sentido subjectivo, são diferentes, um ascendente, outro descendente.

2:16 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Ana Saraiva said...

Estive hoje mesmo a pensar na palavra fe-li-ci-da-de: 5 pares de sílabas e vogais em todas: só a consigo dizer com sotaque brasileiro e soa-me a liberdade descuidada... Tão bom, tão...anti-trágico!;)

12:34 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

salsolakali:um ascendente e outro descendente? tá bem, porque não? é o que nós quisermos também há tamanhos grandes?

e-clair: é mesmo, anti-trágico, leve, lembra coisas de poster e, no entanto é um conceito antigo hoje um pouco esvaziado, talvez por se repetir vezes demais como algumas coisas se banalizam assim... para mim são momentos tangíveis, efémeros, preciosos mas não sei se é isso a felicidade, acho que não.

11:01 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

aviso os meus comentadores que os comentários vão com pontuação caótica, sorry.publicar sem ler é o que dá!
Faço as respectivas rectificações: assim onde se lê" é o que nós quisermos também há tamanhos grandes" deve ler-se: "È o que nós quisermos! Também há tamanhos grandes? Agora assim repetida a piada perde a pilhéria toda!

no outro comentário onde se lê e, no entanto é um conceito, deve ler-se uma vígula a seguir a entanto e a seguir a preciosos também vem pausa três pontinhos e assim e que me desculpem que ando de cabeça no ar.

11:08 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

rectifico...eeheheh hoje fico aqui o dia todo...não é È mas É e não é vígula mas vírgula!

11:10 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger * said...

discordo: os livros mudam :-)

2:26 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Peg solo said...

adorei o post. tb prefiro o prazer dos livros à felicidade de borboleta, porque se sabe que a borboleta é um insecto e os insectos tem vida curta! gosto dos livros q sao meus e adoro a ideia de livros de todos, abandonados num qq banco de jardim. talvez conversem uns com os outros... na estante.

7:11 da tarde <$BlogCommentDelete>

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