MANAS (atenção à leitura! não vá haver confusões!)
A minha irmã faz amanhã 51 anos. Bela idade! ( exclamação tola porque são belas todas as idades, mas quando nos deixamos levar pela emoção é o que dá!) Então, este ano, nem sei bem porquê sinto uma espécie de ternura infinita por essa rapariga com quem passava horas na brincadeira e que, em quase tudo, é diferente de mim. O que nos une aos irmãos, ao pai e à mãe? Acho que nada tem a ver com sangue mas sim com presença, são pessoas que sempre estiveram presentes e com as quais sempre contámos. São cúmplices, não dessa cumplicidade feita de compreensão, mas uma outra cumplicidade aquela que se engendra a partir do corpo, da história, da vivência repetida e em diferentes circunstâncias. O facto de não escolhermos a família que temos é, no meu ponto de vista, decisivo para o amor que lhe temos, porque esse amor está marcado por um laço inicial de necessidade que se alarga com o tempo até ser o horizonte de tudo quanto vivemos , por isso está em nós, é inseparável da nossa intimidade afectiva. Isto não significa que temos de estar sempre com eles e viver em função deles, pelo contrário, só os podemos verdadeiramente amar quando a necessidade se transformou, quando por sermos independentes podemos sentir de forma livre este amor.
À tua, mana! (de novo, atenção à leitura!)
Foto de Louise Dahl, Twins at the beach
10 Comments:
A especial cumplicidade e muitas vezes a embirração que une os irmãos, mas principalmente o laço inicial, como bem sugeres, faz-me ter cá uma inveja de ser filha única!
e é muito bom qd se consegue estabelecer o eterno neste tipo de relações, ou seja nas familiares, pq por vezes a vida obriga-nos a reflectir o valor q estes têm na nossa vida,
:)
"amorável" a foto. "amorável" o texto.
Tive duas irmãs pequenas, não tive convívio com meu irmão por parte do meu pai, mas admiro estas relações tão tenras, quando avisto uma!
curioso que os irmãos...
gosto muiot dos meus... um e uma, mais velhos
e apesar de estar longe deles... estou perto...
abrazo serrano desde o mali
O sangue não é, definitivamente, tudo.
Mas tem muita força...
Digo eu que sou filha única mas não quis ter filhos únicos...
Beijinho
martini: cumplicidade e embirração é verdade, mas não tenhas inveja, um bom amigo pode ser como um irmão.bjo
rv: o eterno mesmo,embora não exclua amuos e zangas.
herético: amorável o teu comentário!
pablo: tens portanto a experiência da irmandade, bom para ti.
mixtu: estar longe e estar perto, c'est ça!
Abraço desde (deixa ver) (estás mesmo no Mali?)
daqui
radio Burquina Faso!Abraço!
sininho: o sangue não sei o que é, mas não é de sangue que falo mas de presença.Bjos
Bom dia Manhã,
Falavas de presença e aqui estou...
e essa da mana, hum?!
E quanto à familia ou famelga... é tão bom o sentido de pertençã mesmo em processo de autonomia.
bjo doce
parabéns à mana e a ti, mana também.
:) dela!
presença: pois é, uma pertença calma e doce.Bjo
~pi: ehehe, boa!Brigados!
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