um dia
O barco seguia rio acima, tínhamos as nuvens e o espelho das águas, tínhamos os olhos na última curva do rio, por detrás das árvores onde se escondia o castelo. tínhamos os sonhos que continuamos a ter, intactos como cristais puros e duros, mas nem mesmo o rio nos podia apaziguar o tumulto indizível, como se o essencial do sonho emergisse das águas e nos confrontasse na pele, haverá sempre uma voz de sonho que grita aos ouvidos, uma criança a chorar a infância perdida, e nenhuma paisagem, só árvores a arder. É assim.
7 Comments:
criança indizida
a lamber um rio
sulcado no rosto
~
Li.
Assimilei.
E agora não tenho palavras para o comentar.
... é exactamente assim que as coisas se passam: sem darmos conta, o barco da vida vai sulcando as águas das horas, dos dias, dos meses e dos anos. No no rio, espelham-se os nossos sonhos e há imagens antigas, amareladas pelo tempo. A paisagem é um enorme cenário dum estúdio de cinema apoiada por efeitos especialíssimos.
Bom dia Manha,
Que passe e passe em dia... no amolecer da gente.
Bom fim-de-semana
Bjo
P.S.- Deixei-te um desafio
as paisagens sufocam os sonhos. a menos que as árvores ardam...
excelente.
a minha criança diz:
alguém gosta de mim!!!?
ai...
preciso urgentemente de saber!!
é o que diz. eu:ela. ela:eu.
beijO
~pi: lágrimas então...está bem lágrimas de criança.
martini: não faz mal, já o fizeste.
legível:um cenário, todas as paisagens o são, bonito.
presença: pois já vi e vou responder. obrigada.
herético: obrigada. as árvores ardem nos sonhos, ou são os sonhos a arder.
un dress: é vem o eco a responder: Simmmmmm
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