quinta-feira, julho 28, 2005

Variações sobre os sonhos I



Max Ernst, 1991/1976, Paris
Eu sonho, tu também, nós sonhamos. Qualquer semelhança com o sonho como paradigma perfeito está fora de questão. Trata-se de um facto puro do qual temos algumas recordações, balbuciantes indícios, nada de concreto, um elemento, uma sensação, um movimento. Nele se misturam , julgamos nós, factos vividos e factos imaginados, anseios, medos e coisas corriqueiras. Nada no sonho é perfeito, só é perfeito nessa projecção mental onde reduzimos a vida a um ideal, mas não é desses sonhos que falamos, é dos sonhos que nos assaltam à noite quando dormimos. Há algo que permanece em nós sem sabermos e que se revela quando não queremos saber, justamente com o sono.Coisas e pessoas vêm ao nosso encontro sem as termos chamado.Queremos descortinar o sentido, o que diz, como se o sonho fosse o mensageiro secreto do que perguntamos sem resposta e nos desse, com um sorriso nos lábios, a resposta cifrada. Vá, e agora? O que quer isso dizer?
Comecemos por um elemento que nos surja de forma insistente e constante: o mar? uma cadeira manca? uma ligadura? uns olhos castanhos? um penhasco?

6 Comments:

Blogger  said...

Perfeito.
Quero o variações sobre sonhos II.
Um elemento: sitios. Nos meus sonhos repetem-se sitios por onde passei, lugares...

7:36 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Alberto Oliveira said...

Aqui deixo a minha frase preferida: não há volta a dar no que toca aos meus sonhos.
Não sonho a cores;
O sonho recorrente é uma queda de um andar alto...que nunca chega a acontecer, porque acordo antes;
São sonhos totalmente desligados em termos de fio condutor dum acontecimento e de personagens. A Torre de Babel é uma "ingenuidade" ao pé da confusão dos meus sonhos;
A única vez que sonhei que estava rico e constatei ao acordar que a realidade era outra, deu-me uma vontade louca de matar os meus sonhos. O meu advogado aconselhou-me a não o fazer.

PS: Agradeço o máximo sigilo com estas informações pessoais.

2:43 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

Pé,Agora os lugares, são os do coração.

legivel: Compreendo, sonhos a cores são mesmo uma raridade, a vida a cores também e contra isto não há advogados que nos valham!

1:13 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger  said...

Os lugares...sim são os do coração. Verdade. E curioso porque nunca tinha pensado nisso...
E no fim...até é triste.

8:26 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

Pé:Os lugares do coração não são tristes, tristes são os lugares sem coração.

11:07 da manhã <$BlogCommentDelete>
Anonymous Anónimo said...

##tappus##

10:34 da tarde <$BlogCommentDelete>

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