Cafés
Vagabundear pelos cafés de Lisboa, com livro debaixo do braço,sentar num café,pedir uma bica, rascunhar palavras na contracapa,comentários soltos, observar quem entra e quem sai, esperar alguém ou não esperar ninguém,fumar um cigarro (proibido) sonhar com o génio dos poetas, com as suas tertúlias literárias até altas horas, não ter nada para fazer senão rondar atenta às pequenas metamorfoses pensadas,imaginar o que fará a seguir o rapaz inquieto que olha fixamente a porta de entrada. Essas tardes vagarosas, que saudades!
14 Comments:
Do jeito que escrevestes, me deu saudades de algo que nunca fiz... pelo menos não aí em Lisboa.
sacrilégio! "rascunhar palavras na contracapa"... só se for a lápis e muito leve...
ná! isso é imperdoável
Ouço sempre dizer que antigamente se lia muito mais nos cafés e esplanadas, perdeu-se o hábito. É pena. Gosto imenso de ler onde quer que seja, principalmente se houver agitação e o rio ao fundo.
Mais saboroso ainda quando há muito tempo não se faz isso, é bom fugir às rotinas não é?
semcantigas: pode ser um livro de estudo?:P
Eu sublinho alguns livros: ensaios ou aqueles que vou discutir. Romances nunca sublinho.
Gosto de abrir os livros que o meu avô sublinhou, deixou pensamentos, interpretações, é bem giro...:)
Por isso não acho mal que se escrevinhe nos livros, antes pelo contrário!
Isso é tão bom!
Perdemo-nos quando assim é, perdemos a noção do tempo, do espaço, de nós mesmos. Nesses momentos somos quem olhamos, somos quem lemos, somos o lugar que estamos... somos apenas e só.
Gostei imenso do texto, fiquei com saudades e com um sorriso no rosto.
pablo: pois é sempre tempo de experimentar.
semcantigas:Os livros não são só pra ler, são também para reescrever. Imperdoável não é um filme do Eastwood?
pé: é verdade que não se vê muita gente a ler, nem nos cafés nem noutro sítio, eu própia já não saio para ler umlivro há um ror de tempo!
clotilde: Essa disponibilidade é preciosa,há que conquistá-la.
Ai... que bom que era, um café e dois dedos de conversa...
um café, páginas em branco e uma boa caneta de tinta permanente... para escrever, escrever, escrever...
BJ manhã.
SK
pronto já apanhei a dobrar! escrevam risquem dobrem rasguem passem cuspe pelas folhas, enfim usufruam do livro!
ná!
(q exagerada!)
(imperdoável...clint essa n percebi)
Pois... as saudades. Que são mesmo saudades de uma cidade que já não partilha comigo (e eu com ela) cenários como os que descreves no teu post. Hoje, se entrar na "Brasileira" já não conheço ninguém. Dramático? nem por isso; a hitória da vida das pessoas, também não se repete...
Que grande verdade. Mas não estão perdidas, as tardes. Vão voltar.
Gostei disto! Estou como diziam num dos comentários: até eu fiquei com saudades de uma coisa que nunca fiz. Beijo
salso:Que nos resta senão escrevinhar noite fora para afugentar maus pensamentos é o melhor!
semcantigas: Imperdoável só o filme do Clint Eastwood, de resto não sei não, seguramente escrever em capas de livros não pertence a essa categoria, mas essa é a minha humilde opinião!
Legível: É verdade, a cultura dos cafés está em desuso, mas não é dramático é só um bocadinho triste, não sei, nostalgia talvez.
rui: Na natureza nada se perde, tudo se transforma, foi o Lavoisier que disse e eu acredito!
monalisa:Podes sempre experimentar,não custa nada!
Em Londres faz-se tanto a cultura dos pubs. Magnifico. Não costumo escrever nos livros, ainda não consigo. Mas acho que devia...
macaso: os pubs são uma delícia sobretudo pela cerveja.
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