segunda-feira, fevereiro 20, 2006

" Foi para ti que criei as rosas
Foi para ti que lhes dei perfume.
Para ti rasguei ribeiros
e dei às romãs a cor do lume.

Foi para ti que pus no céu a lua
e o verde mais verde nos pinhais.
Foi para ti que deitei no chão
um corpo aberto como os animais."

Eugénio de Andrade, " As mãos e os frutos"

15 Comments:

Blogger manhã said...

oi macaso, bem vinda! Como encontraste Londres?

11:35 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger Madame Pirulitos said...

Puro. Entre a raiva e a inocência. Um amor desmedido. Gostei.

11:37 da manhã <$BlogCommentDelete>
Anonymous Anónimo said...

Ainda ontem, ao deitar, depois de uma viagem que parecia não querer terminar, peguei no livro " As mãos e os frutos" e li esse poema, entre outros poemas, mas esse, em particular, de que gostei, e pensei:
Talvez amanhã o dedique a alguém que começo a amar.
E dormi.
É surpreendente a força que por vezes o acaso tem, porque é do acaso que surge este encontro com as palavras, neste lugar. São surpreendentes os encontros e as conjugações de factores, circunstancias e pequenos momentos de entendimento quase metafísicos e supra-sensoriais.
MD

12:49 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger isabel said...

Muito bonito!

8:43 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger isabel said...

Lindo!
Que paixão, que força, que vontade, que sofreguidão de amor

8:44 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger SalsolaKali said...

Reviver Eugénio...

Brinca a manhã feliz e descuidada
como só a manhã pode brincar
nas curvas longas desta estrada
onde os ciganos passam a cantar
(...)

E.A. em "Os amantes sem dinheiro".

Beijo manhã

9:37 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger  said...

Hmmmmmm

11:40 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger Mónica said...

pois, pra mim não foi! que não gosto de flores nem de corpos de animais abertos
:-)))))))

4:35 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Madame Pirulitos said...

E era só para te dizer que vou aceitar o desafio...ou pelo menos em parte.

6:08 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

MD: Vou certamente dizer uma barbaridade, (que me perdoem os ortodoxos!) mas a poesia do Eugénio é um pouco como as parábolas da Bíblia: reconforta e apazigua.
percepção extrasensorial ou acaso, que sei eu? Que sabemos? Ambos são misteriosos e alimentam a imaginação!

clotilde:Escrita do coração, a poesia.

salso: oi!Essa da manhã é para mim? Que brinco descuidada...o melhor é mesmo sair da estrada, não vá a camioneta da carreira atropelar-me e esmagar os malmequeres!

Ó pé estás a comer chocolate?

semcantigas:Sabes lá tu? Na volta o Eugénio estava a pensar em ti, naquela fase em que estava a ficar cegueta!eheheh

macaso:boa!

9:09 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Alberto Oliveira said...

"Foi para ti que deitei no chão
um corpo aberto como os animais"


Como eu gostaria de ter escrito isto, caraças!!

(... mas um dia chego lá; que sou teimoso como uma mula. Azar! As mulas (os mulos) não escrevem... )

10:01 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger Mónica said...

o legivel tássa passar... será que já viu o corpo de um animal aberto? e o eugénio??
provavelmente este aberto era outro!

9:54 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Alberto Oliveira said...

Semcantigas:

Tou nada! Todos os dias vejo um corpo de animal a(l)berto*. Sim, que eu uso o espelho grande antes de sair à rua...

* animal racional, é óbito, raios!... óbvio.

11:06 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

legivel: Podes sempre escrever outras coisas, essa já está!

semcantigas:Pois que este animal aberto...bolas será preciso fazer um desenho?

7:18 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Mónica said...

ná!

9:55 da tarde <$BlogCommentDelete>

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