segunda-feira, março 13, 2006


"Quilha é o lar de Canopus (Alpha Carinae), a segunda estrela mais brilhante do céu. O seu nome pensa-se que vem do piloto da frota de navios do Rei Menelaus. Este era o Rei de Esparta que levou os seus habitantes a lutarem por Helena de Tróia; o prémio era Helena em pessoa, que se tornou a sua rainha. De Canopus, o piloto, diz-se que morreu no Egipto depois da queda de Tróia. Canopus - a estrela - era conhecida na Antiguidade como a Estrela de Osíris e adorada em muitas culturas antigas. Esta era a estrela que Posidonius usou em Alexandria, por volta de 260 AC, pois tornou-se a primeira pessoa a calcular um grau da superfície da Terra. Enquanto que é a estrela mais brilhante do Hemisfério Sul, Canopus não é visível para as pessoas a viver a norte da latitude 30. Sendo assim, a Europa a norte de Lisboa não pode ver a estrela, e na América do Norte a estrela é visível apenas aos que vivem a Sul de uma linha desenhada entre São Francisco e Washington D.C., dependendo da topografia local, é claro. Para os habitantes do Hemisfério Sul, Canopus anuncia o começo do Verão, pois culmina a 27 de Dezembro. Canopus é uma supergigante com cerca de 35 vezes o diâmetro do Sol. Anteriormente ao satélite Hiparco, a distância a Canopus era difícil de calcular, com estimativas entre 160 até 1200 anos-luz. O satélite calculou a distância a 313 anos-luz (96 parsecs). A estrela tem uma luminosidade de mais de 12000."

Uma estrela no céu a 313 anos luz e que nas noites claras vemos , nós os do Sul, brilhando. O seu lar é como a quilha do navio, aí onde ele flutua equilibrado, curioso como damos estes nomes familiares e próximos a coisas tão distantes, Canopus morreu em Tróia, despojo de uma batalha e a sua estrela vigora, aí na distância verdadeiramente incomensurável, aqui tão perto dos nossos olhos!

6 Comments:

Blogger Rui said...

Olhar o céu é olhar o passado e, ao mesmo tempo, o futuro: o que fomos e o que nos vamos tornar. O presente é que não se consegue ver.
Gosto muito de estrelas.

5:44 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger mixtu said...

muito agradou ler este teu post... sou um apaixonado por estas "cosas2.
obrigado e jinhos

8:26 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Madame Pirulitos said...

The stars are bright tonight
And I am walking nowhere

11:35 da manhã <$BlogCommentDelete>
Blogger isabel said...

Gosto muito de olhar o céu, principalmente se estiver estrelado.
Gosto das estrelas a brilhar.
Gosto daquela história que diz que o ceu é um manto azul e as estrelas são buraquinhos feitos nele por colibris (esta história é duma tribo de indios norte americana, não sei qual é)

Beijo

1:58 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger Alberto Oliveira said...

... a distância, sempre a distância; mas presente por mais longe que esteja. Tal como Helena...

3:32 da tarde <$BlogCommentDelete>
Blogger manhã said...

rui, é verdade que pode ter desaparecido há muitos anos esta estrela e a sua luz continua a brilhar para nós, estas questões de universo são mesmo fora da nossa escala e compreensão.

mixtu:Também, há falta de anjos valham-nos as estrelas!

macaso:Agora que as estrelas brilham não é caso para parar?


clotilde: Essa história faz-me lembrar Pitágoras, os furinhos na abóboda constituiriam as notas de uma partitura que as estrelas sinalizariam. Engenhoso e poético.

legível: Da Helena não reza a história que se esfumou lá em Tróia? Mas que alimenta histórias isso não haja dúvida!

8:54 da tarde <$BlogCommentDelete>

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