Number 31, 1950 - Jackson Pollock, Wyoming, 1912/1956
Há qualquer coisa de semelhante entre um quadro de Pollock, uma constelação, o interior do cérebro, o intrincado jogo das células, o genoma, os movimentos sísmicos e a forma como sentimos ao entrar numa noite escura. Um desenho infantil, a expressão da loucura ou mesmo por simetria aquilo que são as possibilidades aleatórias do acaso cabem aqui. Pode-se passear na tela, do princípio ao fim ainda vão uns 7 passos, e para ser completamente abarcado pela visão é preciso distanciar -nos para aí uns 10 m ou mais. Metáfora de que só se vê realmente quando respeitamos as distâncias ? Que ver de muito perto atrapalha a visão do conjunto? Nunca o vi . Não tenho o prazer de o conhecer, só assim em diferido, mas sei que existe e está lá à minha espera.