quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Aznavour

Que c'est triste Venise
Au temps des amours mortes
Que c'est triste Venise
Quand on ne s'aime plus
On cherche encore des mots
Mais l'ennui les emporte
On voudrait bien pleurer
Mais on ne le peut plus
Que c'est triste Venise
Lorsque les barcaroles
Ne viennent souligner
que les silences creux
Et que le coeur se serre
En voyant les gondolles
Abriter le bonheur
des couples amoureux
Que c'est triste Venise
Au temps des amours mortes
Que c'est triste Venise
Quand on ne s'aime plus
Les musées, les églises
Ouvrent enfin leurs portes
Inutile beauté
Davant nos yeux déçus
Que c'est triste Venise
Le soir sur la lagune
Quand on cherche une main
Que l'on ne vous tend pas
Et que l'on ironise
Devant le clair de lune
Pour tenter d'oublier
Ce que l'on ne se dit pas
Adieu tous les pigeons
Qui nous ont fait escorte
Adieu Pont des Soupirs
Adieu rêves perdus
C'est trop triste Venise
Au temps des amours mortes
C'est trop triste Venise
Quand on ne s'aime plus

Sempre gostei muito desta música, talvez da sua tristeza, talvez por me recordar Veneza que amei, talvez porque esteve presente em vários momentos da minha vida, Aznavour cantou-a no Pavilhão Atlântico e quedei em êxtase, de respeito e de emoção. A Arte, a sua beleza pluriforme e o seu quase nada mundano e vivido vale como a religião, é a religião dos pobres de espírito como eu.

sábado, fevereiro 23, 2008

Agora na escola!

Sábado, tarde de chuva, filmes na Tv, penso nestes tempos de "agora", neste vai-vem. As palavras agora e antes sempre estiveram conotadas com juízos morais, "antes" era bom, agora as críticas mordazes arreganham os dentes..."agora", agora é que são elas. mas não entro por aí, o antes não me seduz, não tem valor só por ter passado, ora bem! A verdade é que o "agora" apanha-nos sempre com as calças na mão, nunca estamos preparados, um feixe de contradições, um caudal de sentimentos, medo, angústia, face a esta catadupa de regras novas as quais só conhecemos "pela rama" apertam mais os nós que sentimos. E agora? Tenho demasiada preguiça para ler as leis e decretos leis, as grelhas de objectivos e de competências, os princípios e os fins de uma legislação em que passo os dedos e me cheira a esturro...mas não sei...se é pura demagogia economicista ou é um desafio para nos abanar desta modorra de auto-estrada em velocidade de caracol. Dou o benefício da dúvida. Que venham as avaliações...venham as grelhas! Mas com seriedade, o que acontece é estar tudo mal organizado, atabalhoado, sem rigor nem credibilidade, nós professores parecemos os bezerros amontoados para o sacrifício. Que não se imolem ídolos! Dizia o Moisés a Deus ou Deus a Moisés, ou Deus ao povo hebraico, ou Moisés ao povo...vale a ideia...enfim! Mas nós fariseus da Europa unida, queremos um povo de sucesso (antes susexo, mas nã me parece, que a su já abalou e o sexo...não é para aqui chamado!) um povo escolarizado mas ignorante, um povo a duas velocidades, os bons, assim chamados por terem estrelinha, isto é cumprirem despacho, e os maus, bífidos sem céu (da boca!) cuja indignação aloucada enche de cuspe os bons.É esta espécie de maquineta oleada que querem fazer das pessoas que me enfurece! Nã vou por aí, dizia o Régio! Bendito!Que venham mais Régios e depois logo se vê para onde vamos!
Foto: Diane Arbus, Adolescente com taco.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

sushi


As virtudes do sushi são muitas, uma delas é visual e a outra palativa, a simetria e a cor tranquilizam-nos, o paladar exige uma concentração que depura os vários cambiantes, todos subtis.Uma refeição de sushi assemelha-se muito a um ritual onde os alimentos são domesticados e estilizados para nos oferecer um festim de sabor e beleza. Bem, resumindo e baralhando adoro! Mas foi coisa de aprender a gostar ou de alargar o leque do gosto, quando fui pela primeira vez nos anos 80 a um restaurante japonês, ali para os lados da Maternidade Alfredo da Costa, deslumbrei-me com a decoração toda ascética,madeira e papel de arroz, mas a comida nem por isso, depois estive anos sem provar e só agora, recentemente, a descobri ou, melhor dizendo, a redescobri. Valham-me os deuses todos que me rendo ao Japão! Sayonara!

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Musiquinhas





























Aqui vai a resposta ao desafio da Sininho sobre as minhas músicas da "jubentude", aquelas que trauteava a toda a hora e não me saíam da cabeça:
Supertramp "School"
Lalo Rodriguez "Ven devorame otra vez"
Joan Baez "Diamonts and rust"
Chico Buarque "Rosa dos Ventos"
Gal Costa "Índia"
Sérgio Godinho "Com um brilhozinho nos ollhos"
Peter Frampton "Show me the way"

domingo, fevereiro 10, 2008

mais ou menos

Pergunto que haverá de comum entre nós e os elementos, a água,o vento,a luz, a rocha. Respondo: o que há em comum não se vê, parece nada haver em comum.Deus, dirão,talvez. A onda vem e bate na rocha e a rocha está lá e deixa, se fosse alguém, não deixava.A vontade pesa-nos, antes não a ter. Mas é a vontade que nos move, no mar não há vontade, balança para cá e para lá mas nunca é igual, o nosso movimento, pelo contrário é desordenado e imprevisível não obedece a leis, resulta de uma interioridade. O que vale uma interioridade?A minha, a tua? Só vale quando amamos, quando amamos ela sente-se, a interioridade, no resto não, o nosso movimento as nossas palavras é o que fica, o que vale. O peso da vontade cumpre-se aí, na impossibilidade de darmos a ver,apenas pelos actos, o que somos, o que sentimos, o que queremos. Somos sempre mais ou menos do que aquilo que fazemos e nesse mais ou menos agigantamo-nos ou empalidecemos feitos sombras.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

patifarias


pegue-se nesta peça de teatro "Cândido",
veja-se
e bata-se palmas no fim
eles merecem.


junte-se uma mentirinha, para ter bilhete de graça (bolas é carnaval!!)

e usufrua-se!

quer dizer, delicie-se

ah! é verdade. Não faça caso do optimismo, esse serve nos tementes a Deus mas fica apertadinho!

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

carros


chamo-lhes carros e segue-se uma expressão de desprezo...pfff

no espaço de mês e meio, parti a caixa de mudanças, tive um acidente e parti o eixo traseiro do carro, mais a jante, mais umas coisas que há por dentro da roda que estavam gastas, passados uns dias a bomba d'água, fora os riscos e amolgadelas e...para cúmulo, fui ao Corte Inglês ver o novo Cronemberg (banho de sangue, ai!) quando cheguei ao lugar onde era suposto pôr-me a andar, não tinha lá nada. já era noite alta. toca de gastar o ouvido e a paciência em chamadas, polícia 1, polícia 2, polícia 3, à quarta lá percebi, tinha sido a polícia municipal.onde? do outro lado da city. metro. andar.frio.carro.polícia.jogo do Benfica.espera.multa.mais reboque.pumba.merda.nem tudo se resume a dinheiro, engoli o 'cuspe' não vá os tipos encarcerarem-me em prol dos bons costumes.